Mais de 6 décadas após sua morte, Frida Kahlo continua mais viva do que nunca nas artes, na moda e mesmo sem ter conhecido a internet é uma das artistas que mais se destaca na rede mundial.

É super interessante observar como o estilo de Frida, antigamente classificado como estritamente mexicano e quase folclórico, encontra reflexo nos costumes de países distantes e em culturas tão diferentes.

Alguém escreveu que todo mundo quer ser Frida…. O mundo quer ser Frida, como prova a coleção da designer austriaca Susanne Bisovsky em fotos de Wolfgang Zajc ou as reinterpretação de Frida Kahlo pelo fotógrafo turco Mehmet Turgut, que ilustrou a edição especial da Vogue México no aniversário de nascimento e morte de sua mais ilustre artista.

A francesa radicada em Londres, Virgile Ittah, faz esculturas em cera à temperatura de 37º e diz que isso torna o material muito próximo à carne humana. A mistura da cera com pó de mármore garante às peças a rididez necessária  para suas esculturas e também para os temas recorrentes da mais impressionante artista emergente.

Os corpos absolutamente brancos e rigidos parecem mortos à primeira vista mas eles se desmancham como parafina enquanto seus rostos parecem máscaras de sofrimento. E a dor o sofrimento é um privilégio dos vivos.

Virgile Ittah discorre em seu trabalho sobre dualidade, sobre identidades que flutuam entre dois opostos. São autoretratos de uma herança familiar errante e os exílios forçados durante vários momentos de sua vida.

Isso não é explícito mas a artista prefere assim. Ela julga importante que o público tenha sua própria interpretação e costumes.

    

O poeta norte-americano Mark Strand, ganhador do Pulitzer, morreu no dia 29 de novembro aos 80 anos, durante uma visita à sua filha, em Nova York.

Sua obra direta com tendências muitas vezes próxima ao surrealismo fez dele um dos poetas mais conceituados da atualidade. Nascido no Canadá, Strand foi criado nos Estados Unidos e viveu por algum tempo no México.
Seu primeiro livro,"Sleeping with One Eye Open", foi lançado em 1964. Em 1981, foi eleito membro da Academia Americana de Artes e Letras. Recebeu inúmeros prêmios, incluindo oFellowship MacArthur em 1987, foi laureado poeta do biênio 1990-1991nos EUA e ganhou o Prêmio Pulitzer de Poesia em 1999.

Strand dizia sentir-se parte de um novo estilo internacional “que tem muito a ver com a clareza de dicção, uma certa dependência de técnicas surrealistas, e um elemento de narrativa forte."